31/10/07

José Régio homenageado em Portalegre onde viveu várias décadas

A Associação Portuguesa de Escritores (APE) promove no fim-de-semana, em Portalegre, um conjunto de iniciativas culturais para homenagear o poeta José Régio, que viveu na cidade alentejana durante várias décadas.

A evocação de José Régio insere-se no projecto "Itinerários", iniciado em 2005, com percursos dedicados a vultos da escrita como Miguel Torga, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa e António Ramos Rosa.

"Desta vez elegemos José Régio, porque merece ser evocado pelo seu percurso como docente e escritor. Queremos mostrar às pessoas o outro lado do homem, o aspecto afectivo", disse à agência Lusa o coordenador da iniciativa, Luís Machado.

Em Portalegre, os participantes na iniciativa vão conhecer os percursos que marcaram a vivência de José Régio naquela cidade alentejana e homenageá-lo em cada espaço que possua uma marca do poeta.

"José Régio não é natural de Portalegre, mas amou a cidade e nela existem cafés e espaços culturais com a sua marca", observou Luís Machado.

O Itinerário José Régio vai reconstituir alguns percursos efectuados pelo poeta ao longo das várias décadas vividas em Portalegre.

Durante o fim-de-semana, haverá palestras e recitais de poesia, na biblioteca municipal de Portalegre, e uma tertúlia com vários amigos do poeta, num café da cidade habitualmente frequentado por José Régio.

"Queremos também envolver a população nesta iniciativa, queremos que descubram connosco o passado e o presente de Régio", referiu o responsável.

José Régio nasceu em Vila do Conde, em 1901, e em 1927 começou a leccionar num liceu no Porto, onde se manteve até 1928, ano em que passou a ensinar em Portalegre, no Liceu Mouzinho da Silveira.

Após 34 anos de vivências poéticas e profissionais no Alentejo, o autor da "Toada de Portalegre" regressou, em 1966, a Vila do Conde, onde veio a falecer em 1969.

Hoje em dia, as suas casas em Vila do Conde e em Portalegre são casas-museu.

Na sua casa de Portalegre, o quarto e a sala de trabalho continuam tal qual os deixou.

Em Portalegre, o poeta é evocado, habitualmente, em tertúlias culturais, atendendo a que foi uma figura que marcou o ensino, cultura e o quotidiano da cidade.

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