10/10/07

PRACE: UGT de Portalegre critica «presente envenenado»


A UGT de Portalegre acusou hoje o Governo de esvaziar de serviços aquele distrito do Alentejo, classificando o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) como um «presente envenenado» para a região.

Em comunicado divulgado hoje, os sindicalistas sustentam que o PRACE retirou de Portalegre todas as delegações regionais de serviços públicos que a cidade possuía.

Esta tomada de posição da UGT surge após uma reunião com o Governador Civil do distrito, Jaime Estorninho, terça-feira, em que os sindicalistas mostraram o seu desagrado pelo facto de, no âmbito do PRACE, não figurar qualquer delegação regional em Portalegre.

A UGT recorda que, em Fevereiro deste ano, já tinha alertado as entidades competentes para o «presente envenenado» que o PRACE poderia trazer para a região, mas, agora, sustenta, «está tudo consumado».

«A Direcção Regional de Finanças e do Instituto Português da Juventude foram para Évora, a Direcção Regional do Trabalho foi, por sua vez, colocada em Beja», enumeram os sindicalistas.

A juntar a estes serviços, acrescentam, também a Economia, a Agricultura e a Educação «têm as suas direcções regionais em Évora».

«O distrito de Portalegre fica mais pobre em relação aos de Beja e Évora», conclui a UGT, acusando o Governo de criar condições para que o Norte Alentejano «fique cada vez mais despovoado».

Na nota de imprensa, a estrutura sindical lamenta ainda a «passividade» das autoridades locais e dos deputados eleitos pelo distrito de Portalegre neste processo.

Aludindo ao caso concreto do município de Gavião, a UGT critica também que o novo mapa dos serviços desconcentrados da Autoridade para as Condições do Trabalho prejudique a população trabalhadora do concelho que, agora, passou a ser conduzida para o Centro Local da Lezíria e Médio Tejo, instalado em Santarém.

Para a UGT esta medida é «de bradar aos céus», uma vez que, Santarém está mais longe do concelho alentejano de Gavião do que Portalegre, que dista 40 quilómetros.

Diário Digital / Lusa

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